quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Engenheiros do Hawaii


A formação do grupo ocorreu em 1984, dentro da  faculdade de Arquitetura de Porto Alegre, em virtude de apresentações que serviam como protesto à paralisação de aulas. O nome da banda  deu-se por conta de uma rixa existente entre Arquitetos x Engenheiros, satirizando os estudantes de Engenharia que usavam roupas de surfistas.



O primeiro show aconteceu em 1985, no mesmo dia (11/01/85) simultaneamente com a abertura do primeiro Rock in Rio. Depois de algumas apresentações em palcos alternativos da capital gaúcha conseguem gravar duas músicas na coletânea Rock Grande do Sul (1985), e umas delas faz um grande sucesso no sul, Sopa de Letrinhas. Devido ao grande sucesso a gravadora BMG decidiu arcar com o LP inaugural chamado de “Longe demais das capitais”.



Em 1987, lançam o disco “A Revolta dos Dândis”, destaque para as músicas Terra de Gigantes, Infinita Highway e Refrão de Bolero. A partir desde albúm começam as grandes apresentações do grupo, as quais lotavam estádios e ginásios pelo país. O trabalho seguinte recebe o nome de “Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém”, de 1988,  neste disco temos o grande sucesso da banda Somos Quem Podemos Ser. Este vinil também marca a saída do grupo da cidade de Porto Alegre para o Rio de Janeiro.



O disco seguinte, em 1990, “O Papa é Pop” concretiza o sucesso dos Engenheiros com o carro-chefe Era Um Garoto Que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones, uma antiga regravação do grupo Os Incríveis e ainda conta com os hits Pra Ser Sincero, Perfeita Simetria entre outros. De 1990 até 2007, foram vários trabalhos lançados incluindo-se “Novos Horizontes-Acústico II”. A última turnê foi realizada em 2008 para o lançamento do Acústico MTV e os planos de retorno da banda acontecerão somente em 2010, quando os Engenheiros do Hawaii completarão 25 anos de carreira.







quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Seu Jorge

Jorge Mário da Silva nasceu em 1970, no Rio de Janeiro. Viveu uma infância tranquila. Foi borracheiro, office-boy, dentre outras profissões. Até que a morte de seu irmão provoca a desunião de sua família e Jorge fica sem teto para morar. Abriga-se, por três anos, no teatro da UERJ (Universidade do Rio de Janeiro), onde se apaixona definitivamente pela arte e pela música.



A situação começa a melhorar quando o clarinetista Paulo Moura convida o cantor para participar de um musical, primeiro dos 20 que viria a atuar e cantar. Em 1998, inspira-se na mistura de Chico Science, e cria a sua própria: um misto de samba, reggae, funk e rap, originando a banda Farofa Carioca.



Um ano depois, o cantor desliga-se da banda e parte para a carreira solo. Lança seu primeiro CD, “Samba Esporte Fino”, com os hits “Carolina” e “Te Queria”. Seu Jorge revolucionou a MPB com uma proposta inovadora, além de marcar presença no teatro e cinema. Um dos artistas mais versáteis e completos de sua geração.

Jorge Vercilo


Jorge Luis Sant’anna Vercilo, libriano, carioca, nascido em 11 de outubro de 1968, em Botafogo e criado na praia do Leme, começou na música por incentivo de sua tia Lêda Barbosa aos 17 anos, depois de “desviado” dos treinos de futebol no Flamengo, por uma fita cassete contendo músicas de Djavan.

Em 1989, ainda no início de sua carreira, defendeu o Brasil no Festival Internacional de Trovadores, Itrofesticur, em Curaçau, no Caribe. Alcançou o primeiro lugar com a canção “Alegre”, de sua autoria, recebendo também o prêmio de melhor intérprete. Este reconhecimento, em nível internacional, como compositor e cantor, demonstrou claramente que o seu destino estava traçado e a música brasileira ganhava um novo e promissor representante.

Em 1993 gravou o primeiro CD “Encontro das Águas”, lançado pela gravadora Continental em 1994. Este disco é um retrato das tendências que o influenciaram inicialmente. Com um trabalho acústico voltado para os sons nacionais, promove um verdadeiro “Encontro das Águas”, apresentando vários ritmos, tais como Samba, Afoxé e até mesmo a Salsa. Um trabalho imperdível para quem curte MPB e acompanha sua talentosa carreira. No disco estão músicas que foram tema em novelas, tais como “Encontro das Águas” em “Mulheres de Areia” e “Praia Nua” em “Tropicaliente”.

Em 1996 gravou o segundo CD “Em tudo que é Belo”, também pela Continental. Nele apresentam-se composições sintonizadas com a moderna MPB, trazendo ritmos como o Charme e fusões com a música oriental, bem como incursões no Reggae (em “Fácil de Entender”). É um trabalho eclético que bem caracteriza as tendências atuais, no entanto, sem perder nunca o compromisso com a Qualidade. Neste disco também são encontradas músicas que foram temas de novelas como “Raios da manhã” em “O Fim do Mundo” e “Infinito Amor ” em “A Indomada”.



Em 1997, Jorge foi indicado para o prêmio “Sharp” como melhor cantor pop e foi apontado por Mariozinho Rocha, diretor musical da TV Globo, e Nelson Motta, produtor de renome internacional, como um dos mais promissores talentos da nova geração da Música Popular Brasileira. Jorge Vercilo ainda marcou presença com a música “Amanheceu” no Festival da Música Brasileira, promovido pela Rede Globo em 2000, se
destacando como um dos grandes nomes da nova MPB.

Ainda em 2000, Jorge Vercilo realizou o antigo sonho de gravar um dueto com o ídolo Djavan. Os dois cantam juntos em “Final feliz”, música de trabalho do CD “Leve”, lançado numa produção independente, após seu desligamento da gravadora Continental.

O CD “Leve” foi sucesso nacional. Pela primeira vez em sua carreira, o CD trazia canções de outros autores como “Apesar de Cigano” (Altay Veloso e Aladim), “Quando a noite chegar” (Paulo Façanha e Beto Paiva) e “Beatriz” (Edu Lobo e Chico Buarque). Outro grande sucesso foi a música “Avesso”, uma composição que aborda de maneira respeitosa um tema bastante polêmico que é a sexualidade humana.

Em 2001, assinou com a EMI Music que lançou o single “Final Feliz” com as versões solo, black mix e final ferraz black mix, além de relançar o álbum “Leve”. “Final Feliz” fez sucesso também na voz de Alexandre Pires e a galera do Só Pra Contrariar, no CD ao vivo com a participação especial de Caetano Veloso, nesta música.

Em 2002, lança “Elo”, seu quarto álbum, grande marco na sua carreira, o álbum foi destaque e o primeiro single “Que Nem Maré” conseguiu ficar semanas em primeiro lugar nas paradas, alavancando as vendas do álbum e promovendo as outras músicas, como o single seguinte “Homem-Aranha”.
Desse álbum foram também utilizadas “Fênix” (parceria com Flávio Venturini) para trilha sonora da série “A Casa das Sete Mulheres” e “O Reino das Águas Claras” que foi feita sob encomenda por Máriozinho Rocha para a nova versão do Sítio do Pica-Pau Amarelo.

Jorge Vercilo participou da gravação do álbum de Jorge Aragão, “Jorge Aragão Convida - Ao Vivo”, cantando junto do poeta do samba sua composição “Encontro das Águas”. No ano de 2003 foi lançada a coletânea “Perfil”, trazendo alguns sucessos da carreira do cantor, além de versões remixes de alguns singles e a nova “Um Segredo e Um Amor” que só havia sido lançada na trilha da novela “Cara e Coroa”.

Em 2003, Jorge Vercilo lançou seu quinto álbum,”Livre”, em versões CD e DVD, e já teve um sucesso no seu lançamento, a música “Monalisa”.



Novas versões de suas músicas são gravadas para novelas e músicas inéditas gravadas por outros artistas, Nalanda - caloura do programa “Fama” da Rede Globo - gravou “Sensível Demais” para a novela “Chocolate com Pimenta”, Lulu Joppert com “Olha e Não me Olha” para a novela “Celebridade”, o grupo de pagode Adryanna e A Rapaziada com a música “Quando a gente briga” composta por Jorge Vercilo, a cantora Carla Cristina (ex-As Meninas) regravou “Contraste” do novo álbum do cantor e Angélica, no filme “Um Show de Verão” canta a inédita “Futuro Azul”, que foi composta em parceria com Maurício Mattar.

Em 2004, Jorge participou da gravação do hino “Fome Zero”, ao lado de outros grandes nomes da música popular brasileira. Participou também dos DVDs ao vivo de Ivan Lins e Pepeu Gomes. Neste mesmo ano, Jorge Vercilo adotou a escrita do seu nome original, com um “L” a mais em seu nome, e passa a ser grafado “Jorge Vercillo”.

Em 2005, Jorge Vercilo lançou seu sexto álbum, “Signo de Ar”, com duas músicas de trabalho simultaneamente nas rádios,”Ultra-Leve Amor” e “Ciclo”, que ainda fez parte da trilha sonora da novela “A Lua Me Disse”.

Em 2008, Jorge Vercillo gravou seu sétimo álbum, o mais recente, com o título de “Todos nós somos um”, trazendo um ar de união entre as pessoas. O álbum traz uma peformance mais brasileira, apesar de ter arranjos baianos, como em “Toda Espera” e Jazz, como em “Devaneio”, que faz parte da trilha sonora da novela “Negócio da China” da Tv Globo. Antes mesmo de “Devaneio”, Vercillo teve a canção “Ela une todas as coisas” lançada na trilha da novela “Duas Caras”.

Recentemente Jorge Vercillo gravou seu DVD ao Vivo no Canecão, Rio de Janeiro, com lançamento previsto para Março. No DVD, que se chamará “Trem da minha vida”, Vercillo contou com participações especias, como Fátima Guedes.
Editado por dilsondinho em Out 18

Jair Oliveira (Jairzinho)

A transformação pela qual passou o filho de Jair Rodrigues é invejável. Quem ainda traz na retina a imagem do astro mirim saltitando à frente do ‘Balão Mágico’, grande sucesso da Rede Globo de Televisão, vai tomar um baita susto ao se deparar com o grau de evolução musical atingido pelo simpático Jairzinho (agora assinando Jair Oliveira).



O começo da carreira foi cedo, aos 5 anos, em 1980, ao lado do pai, cantando a música Deus Salvador. O resultado foi bom e os dois gravaram Io e Te, em italiano, para o Festival de San Remo, e para um clipe exibido no Fantástico, da Globo. Nessa época, a gravadora CBS (hoje Sony Music) procurava mais uma criança para formar o Balão Mágico, com Toby, Mike e Simony. Sobre o caso envolvendo a antiga parceira (leia texto anexo), com quem não fala há anos, Jairzinho prefere não comentar. Cada um seguiu sua carreira. Não brigamos, apenas nos distanciamos como colegas de escola que não se vêem mais”, comenta.

Jairzinho compõe desde os 13 anos, começou a gostar das músicas que fazia aos 16, mas considera que sua evolução musical surgiu no período de 1993 a 1998, quando fez o curso de música popular de Berklee. Antes, ele ouvia Nelson Sargento, Nelson Cavaquinho, Noel Rosa, que seu pai sempre gravou. Depois, ouviu muito Djavan e João Bosco, atento às harmonias, melodias e arranjos dos dois compositores. Depois veio Gilberto Gil, pelas mesmas razões, e Tom Jobim.


Mas nada disso aparecia em seus cinco anos de Balão Mágico, nem quando fazia dupla com Simony em 1987 e nem com a Patrulha do Barulho. “Até sair do Brasil, só fazia projetos arregimentados pelos diretores das gravadoras. Só entrava em estúdio para cantar músicas que vinham prontas. Queria ter controle maior do trabalho, queria gravar coisas minhas, tocar em uma faixa. Isso me estimulou a sair do país”, conta.

Graduado pela faculdade de Música da Universidade de Berklee, de Boston, o garotão, hoje com seus 26 anos de idade, aproveitou a estada de cinco anos nos ‘states’ para apreender todas as manhas do seu instrumento predileto (um violão nada erudito), desenvolver-se em outros (como bateria e teclado) e também para virar um produtor musical de mão cheia.

Compositor, produtor e cantor, Jair Oliveira faz parte do projeto Artistas Reunidos (lançado pela Trama) e é autor de sucessos como “Voz no Ouvido” (que não só foi gravada como dá o título ao álbum de Pedro Mariano) e “É Isso Que Dá” (esta ao lado de Daniel Carlomagno e interpretada por Wilson Simoninha).

No disco de Pedro, também é autor de “Grande Amor” e co-autor de “Só Chamar” e “Tá Todo Mundo”. No Volume 2, de Simoninha, Jair reaparece em “Lua Clara” e no rap inserido em “Bebete Vãobora”. Assina ainda a autoria de sete músicas - além da produção do disco da irmã Luciana Mello.


Tendo como principais influências João Bosco, Djavan, Tom Jobim e (claro) o pai Jair Rodrigues, “Jairzinho” compõe desde criança e sempre se interessou pelo trabalho dentro do estúdio. Estudou durante cinco anos em Boston, EUA, na Berklee College of Music e desde então a composição e a produção de discos têm sido suas principais atividades dentro da música, que ainda inclui a verve de cantor e instrumentista.

Quando voltou ao Brasil em 98, fundou a produtora S. de Samba ao lado de outros sócios e daí em diante sua carreira como produtor deslanchou. Trabalhou no álbum de Vicente Barreto e na seqüência, produziu os dois volumes de Jair Rodrigues (ambos em parceria com Bernardo Vilhena), Luciana Mello, além de seu álbum solo, Dis´Ritmia. O incansável Jair ainda co-produziu o ao vivo Artistas Reunidos e Volume 2 (em parceria com Simoninha e Daniel Carlomagno) e novamente ao lado de Bernardo Vilhena também produziu o grupo feminino Classe.

Tanto contato com a música brasileira rendeu até a produção do disco MPB-4 e a Nova Música Brasileira, do lendário MPB-4, e deu impulso para começar a produzir seu segundo disco.


Jairzinho mudou de nome, chamou o disco de Outro, mas continua o mesmo. Talentoso compositor e arranjador, Jair prossegue o trabalho iniciado com o anterior Dis´ritmia, lapidando arestas e produzindo um material mais consistente. Este novo trabalho reúne praticamente a mesma fórmula usada no primeiro quanto às influências de jazz, samba, hip hop e MPB, que no disco são revistas por novos ângulos. Diga o que disser, este é um disco de samba. A tal “Música Global Brasileira” de Jair nada mais é que o bom e velho samba flertando com um R&B aqui, um funk ali, um soul acolá, e um romantismo deslavado mais adiante. Influenciado pelo hip hop, ele brinca com vinhetas, como a inicial “Instruções”, que conclui: “música não precisa de instruções”.

Mal acabou de finalizar este Outro, Jair de Oliveira já está produzindo os novos discos de sua irmã e de seu pai, aumentando ainda mais sua coleção de mais de 170 músicas compostas.

Legião Urbana


Aos 15 anos Renato teve Epifiolisis. Essa doença  fez com que ele ficasse um ano parado sem poder se mexer e mais um ano em uma cadeira de rodas. Neste mesmo período Renato obteve um excelente desenvolvimento intelectual através de suas leituras. Além disso, o artista evoluiu musicalmente com aulas de violão, algo que refletiu posteriormente em sua carreira.

As primeiras músicas compostas por Renato Russo foram "Que país é esse", "Tédio" e "Geração Coca-cola", consideradas por muitos músicas de postura repleta de atitude para aquela época e, como bons seguidores do Punk Rock, o Aborto Elétrico pregava o caos. As músicas criadas pela banda vieram para bater de frente com a ditadura que estava instalada no Brasil.



No dia do aniversário da morte de John Lennon a banda Aborto Elétrico estava prestes a tocar em um show, mas seu vocalista muito sentimental descobriu algo a respeito disso e some, quando ele retorna para fazer o show ele disse que estava meditando por Lennon. Ao iniciar o show  cantando a canção "Veraneio Vascaino", Renato erra a letra da música , o baterista nervoso acerta a baqueta na cabeça de Russo, e quando o baterista após o show foi se retratar com o vocalista, ele anúncia que o Aborto Elétrico tinha acabado. E com isso ele vira o conhecido trovador solitário.

Após a desintegração da banda Renato passou a abrir o show de uma banda que fazia sucesso em Brasília chamada Plebe. No início de sua carreira solo ele passou a ser vaiado, mas durante sua apresentação ele consenguia convencer aos que estavam ouvindo a escutarem suas músicas. Depois de um tempo ele viu a necessidade de ter uma banda e então surge  o Legião Urbana.



O repertório do Legião Urbana foi feito direcionado para um festival no qual a banda iria se apresentar, o tempo de duração da montagem dessa sequência de canções foi de um mês no quarto de Renato Russo, posteriormente tornando-se basicamente seu primeiro álbum. Quem abriu as portas para a banda foram os Paralamas do sucesso quando em uma de suas gravações do seu primeiro álbum tocaram a música "Química". Quando o produtor perguntou se essa música era  de Hebert, ele respondeu: essa música é de um amigo meu de brasília e ele é tudo o que eu gostaria de ser. Foi então que as gravadoras descobriram o Legião.



Quando a banda Legião tinha fechado o contrato com a gravadora, eles voltaram para buscar as suas coisas, no meio dessa correria Renato depois de uma depressão profunda, cortou os pulsos, e no processo de recuperação fez uma das músicas mais lindas de sua carreira "Índios". Esse foi um marco na carreira de Renato pois a partir daí ele deixou de tocar baixo para apenas cantar, com isso Renato Negreti tomou seu posto no baixo.

Capital Inicial


Capital inicial, igualmente ao Legião Urbana, surgiu da separaçao dos membros da banda Aborto Elétrico. A princípio, era uma banda com fortes influências punk, mas, nos últimos anos, segue mais a linha do rock inglês. No decorrer dos anos, houve modificações na formação da banda. Atualmente, é formada por Dinho Ouro Preto (vocal), Flávio Lemos (baixo), Fê Lemos (bateria) e Yves Passarel (guitarra).

O primeiro LP foi lançado em 1986, auto-intitulado. O álbum trouxe algumas heranças do Aborto Elétrico, como "Veraneio Vascaína”, “Música Urbana” e “Fátima”, e rendeu à banda o primeiro Disco de Ouro.



Após quatro discos, em 1991, o grupo deixa a Polygram e passa a gravar pela BMG, lançando o álbum “Eletricidade” já no mesmo ano. O disco traz a versão brasileira de “The Passenger”, uma música de Igg Pop, que com o Capital tornaria-se “O Passageiro”, single protagonizador do sucesso do disco junto de “Kamikaze” e “Todas as Noites”.

Um dos álbuns de maior importância para a carreira, levando a banda ao cenário nacional, foi o “Acústico MTV” lançado em 2000. O disco reviveu alguns dos antigos sucessos como “Leve Desespero”, “Fogo” e “Independência”. Dois anos depois, chega às lojas “Rosas e Vinho Tinto” que, com os singles “A Sua Maneira” e “Mais”, alavancou ainda mais o sucesso já conquistado.



Em 2005, lançam o “MTV Especial: Aborto Elétrico” homenageando a extinta banda precursora do Capital Inicial com os clássicos “Geração Coca-Cola” e “Que País é Este”. O álbum mais recente da banda é “Eu Nunca Disse Adeus”, lançado em 2007, trazendo um som diferente daquele que conquistou milhares de fãs pelo país. Alguns dos singles do disco foram a faixa-título e “A Vida é Minha”.

Ao todo, o Capital Inicial lançou quinze álbuns, sendo três ao vivo, e algumas compilações. Recebeu vários prêmios consagrando o talento para música. Recentemente, foi premiado com o prêmio de melhor grupo pela Multishow.

Vanessa da Mata


Vida infantil e inspiração musical

Vanessa da Mata nasceu em 10 de fevereiro de 1976, em Alto Garças, no Mato Grosso – uma pequena cidade a 400 quilômetros de Cuiabá, cercada de rios e cachoeiras. Possui descendência, através da avó materna, de índios Xavantes.

Ouviu de tudo na infância. De Luiz Gonzaga a Tom Jobim, de Milton Nascimento a Orlando Silva. Ouviu também ritmos regionais, como o carimbó, dos discos trazidos das viagens de um tio à Amazônia. Ouviu samba, música caipira e até música brega italiana, sons que chegavam pelas ondas da rádio AM.

Adolescência: momento de independência

Em 1990, aos 14 anos, Vanessa se mudou para Uberlândia, em Minas Gerais, cidade a mil e duzentos quilômetros de distância de Alto Garças. Foi para lá sozinha, morar em um pensionato: se preparava, então, para prestar vestibular em medicina. Mas já sabia o queria: cantar. Aos 15, começou a se apresentar em bares locais.

Em 1992, foi para São Paulo, onde começou a cantar na Shalla-Ball, uma banda feminina de reggae. Três anos depois, com 19 anos, excursionou com a banda jamaicana Black Uhuru. Em seguida, fez parte do grupo de ritmos regionais Mafuá. Neste período, ainda dividia seu tempo entre as carreiras de jogadora de basquete e de modelo.



Vida adulta e começo da fama

Em 1997, com 21 anos, conheceu Chico César: com ele, compôs "A força que nunca seca". A música foi gravada por Maria Bethânia, que a colocou como título de seu disco de 1999. A gravação concorreu ao Grammy Latino e também foi gravada no CD de Chico, "Mama Mundi". O Brasil descobria uma grande compositora. Bethânia voltou a gravar Vanessa: "O Canto de Dona Sinhá" esteve no CD Maricotinha – com participação de Caetano Veloso - e em sua versão ao vivo. Já "Viagem" foi gravada por Daniela Mercury em Sol da Liberdade. Com Ana Carolina compôs "Me Sento na Rua", do CD Ana Rita Joana Iracema e Carolina (2001).

A voz e a presença de Vanessa começavam também a chamar atenção. Fez participações em shows de Milton Nascimento, Bethânia e nas últimas apresentações de Baden Powell: estava pronta para estrear em carreira solo.



Sucesso comercial

Em 2002, aos 26 anos, Vanessa lançou seu primeiro CD, Vanessa da Mata, pela Sony – que teve produção conjunta de Liminha, Jaques Morelenbaum, Luiz Brasil, Dadi e Kassin. Entre os sucessos deste disco estão "Nossa Canção" (trilha sonora da novela Celebridade), "Não me Deixe só" - que estourou nas pistas com remix de Ramilson Maia - e "Onde Ir" (trilha da novela Esperança).

O segundo disco, Essa Boneca Tem Manual, foi lançado em 2004 pela Sony e teve produção de Liminha, com quem também dividiu as composições. Além de suas próprias canções – como "Ai, Ai, Ai..." (tema da novela Belíssima, "Ainda Bem" (tema da novela Pé na Jaca) e "Não Chore, Homem" - Vanessa regravou "Eu Sou Neguinha" de Caetano Veloso (versão que integrou a trilha da novela A Lua me Disse) e "História de Uma Gata" de Saltimbancos de Chico Buarque. Com "Ai, Ai, Ai...", música nacional mais executada nas rádios em 2006 e "Música", o álbum chegou a Disco de Platina.



Sim, o terceiro disco, lançado em 28 de maio de 2007, foi produzido por Mario Caldato e Kassin. O álbum foi gravado entre a Jamaica e o Brasil. Das 13 faixas, cinco têm a participação de Sly & Robbie, dois ícones da música jamaicana. Sim é definido, pelo seu título, como "uma resposta positiva à vida, uma resposta de luta". E conta com participações de Ben Harper, João Donato, Wilson das Neves, Don Chacal e um time da nova geração da música brasileira, como o baterista Pupillo (Nação Zumbi) e os guitarristas Fernando Catatau (Cidadão Instigado), Pedro Sá e Davi Moraes, entre outros.

O ano de 2007 também foi marcado pela união de Vanessa e o cantor internacional Ben Harper, com o lançamento de Boa Sorte/Good Luck, que foi um dos grandes sucessos da cantora, alcançando a #1 posição no Hot 100 Brasil. A música foi lançada, a princípio nas rádios, com sua versão original e depois com sua versão Remix, que garantiu a autenticidade da cantora. Em 2008, a música Amado, do mesmo álbum, é o tema principal da nova novela da Rede Globo, A Favorita e alcança outro número #1 no Hot 100 Brasil.