O Skank nasceu em 1991, em Belo Horizonte, capital das Minas Gerais, que deu orgulho ao Brasil de ter alçado ao mundo nomes como Milton Nascimento, Sepultura e tantos outros. Samuel Rosa (guitarra e voz), Henrique Portugal (teclados), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferreti (bateria) reuniram-se em torno do mesmo interesse: transportar o clima do dancehall jamaicano para a tradição pop brasileira. O primeiro álbum , “Skank”, foi lançado de forma independente, em 1993, mas rapidamente o sucesso da banda na cena underground despertou o interesse da poderosa Sony Music. Junto ao Skank, a multinacional inaugurou no Brasil o selo Chaos.
Lançado em 1994, o segundo disco do Skank foi o trampolim para o estrelato: foram vendidas mais de 1 milhão de cópias de “Calango” e músicas como “Jackie Tequila” e “Te Ver” tornaram-se verdadeiros hits, cantados por todo o país. O álbum abriu as portas para uma nova geração de bandas brasileiras atenta às novidades do rock mundial e, ao mesmo tempo, curiosa com as raízes da tradição local.
O disco seguinte foi ainda mais longe (tanto em sua missão de fusão, quanto em seu sucesso comercial): “O Samba Poconé” levou o grupo a se apresentar na França, Estados Unidos, Chile, Argentina, Suíça, Portugal, Espanha, Itália e Alemanha, em shows próprios ou em festivais ao lado de bandas como Echo & The Bunnymen, Black Sabbath e Rage Against The Machine. O single “Garota Nacional” foi um sucesso monstruoso no Brasil e liderou a parada espanhola (em sua versão original, em português) por inacreditáveis três meses. Essa canção foi o único exemplar da música brasileira a integrar a caixa “Soundtrack for a Century”, lançada para comemorar os 100 anos da Sony Music. Os discos da banda ganharam edições norte-americanas, italianas, japonesas, francesas e em diversos países ao redor do mundo.
Enquanto “O Samba Poconé” chegava a quase 2 milhões de cópias vendidas no Brasil, o Skank foi convidado a representar seu país em “Allez! Ola! Olé!”, disco oficial da Copa do Mundo de Futebol de 1998. Inquietos artisticamente, o quarteto não se acomodou com o êxito. Sua música passou a equalizar as origens eletrônicas com novas influências psicodélicas e acústicas, reveladas nos álbuns “Siderado” (mais introspectivo e maduro) e “Maquinarama” (mais colorido e lisérgico).
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